Cada vez mais uma cena comum: O celular vibra, paramos o que estamos fazendo para ver qual mensagem chegou. Conversamos com amigo longe, uma grande sequencia de bom dia, boa tarde e boa noite invade os grupos de família. Marcamos e desmarcamos compromissos diversos em poucos segundos.
Não nos comunicamos mais como antes, porém algumas pessoas insistem em dizer que estamos isolados e isso ira destruir toda a nossa civilização.
Em partes sim, outras partes não, essas afirmações são muitas vezes mais dotadas de tom apocalíptico do que de realidade.
Se colocarmos em uma linha do tempo a séculos os seres humanos se comunicam e tendem a cada vez mais refinarem isso. Somos seres sociais e comunicativos por excelência.
Foram tradições orais, sinais de fumaça, rústicos avisos em cavernas….viraram cartas, telegrama, telefone…chegou o email, whatsapp e quem sabe quais outras revoluções estão por vir. Mas no fundo tudo tem o mesmo objetivo: gostamos de nos comunicar o máximo possível, com a melhor eficiência disponível.
Falar com diversas pessoas ao mesmo tempo , sendo cada uma sentada em sua casa (podendo ser qualquer lugar do planeta) é algo muito novo e temos que aprender a lidar com tamanha revolução.
Surgem os exageros da vida moderna, onde amigos se encontram pessoalmente para falarem virtualmente com pessoas que não puderam estar ali.
Todo meio de comunicação é potencialmente uma maquina de desenvolvimento pessoal, mas se utilizada de forma desproporcional, faz o caminho inverso e leva ao isolamento daquele que usa.
Já disseram os filósofos, já disse A Beck e Albert Ellis, “não é a situação por si só que abala o homem, mas sim, antes, a forma que ele as interpreta”.
Aprender a lidar e interpretar da melhor forma as novas tecnologias é fundamental para que a interação humana não se perca em um amontoado de algoritmos.
Lembre-se, o mesmo avião que ligou o mundo e proporcionou incríveis experiências de desenvolvimento, também jogaram bombas em guerras devastadoras.